Deu zebra nas eleições britânicas.
A disputa parecia apertada e a aposta era que nenhum partido teria maioria, o
que levaria a mais um governo de coalizão. No dia seguinte da votação, vieram
as surpresas. A briga não estava assim tão acirrada. O partido trabalhista
perdeu feio. Os conservadores venceram e David Cameron continua no poder, desta
vez fortalecido, porque seu partido conseguiu a maioria dos assentos.
Hoje o país celebra o VE Day,
o dia da vitória. Setenta anos atrás, os britânicos comemoravam o fim da
Segunda Guerra mundial. Para David Cameron, este vai ser um dia inesquecível.
Para os líderes dos outros partidos, o dia em que políticos caíram em efeito
dominó. O trabalhista Ed Miliband e o liberal democrata Nick Clegg renunciaram
e entregaram os respectivos cargos, logo após a cerimônia comemorativa. Os dois
visivelmente abatidos. Nigel Farage do UKIP, o partido da independencia, não se elegeu e também renunciou à liderança de seu partido.
Enquanto eles fazem seu
mea culpa, Nicola Sturgeon, a líder do partido nacionalista escocês (SNP), comemora
vitoriosa. Diz que nunca sonhou com um resultado tão bom. Seu partido varreu os
trabalhistas do mapa na terra do whiskey. Os escoceses odeiam os Conservadores.
O desejo pela independência tem mais chances de crescer. O cenário político nesta
ilha mudou radicalmente de ontem para hoje. David Cameron prometeu que, se
reeleito, teríamos um referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha na
comunidade europeia.
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arquivo pessoal |
Quem sabe na próxima eleição o Reino Unido não será assim tão unido e o
país terá deixado a comunidade europeia? Se existe uma lição no que aconteceu
neste país nas últimas 24 horas é que em política nada é certo, tudo é
possível.
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