sexta-feira, 26 de junho de 2015

Calor de Rachar

 

Quando a gente chega na casa de um inglês, digamos para um almoço por exemplo, o primeiro assunto é invariavelmente que caminho você tomou para chegar até lá e quanto tempo levou a viagem. É batata! Outro clássico do repertório britânico é falar do tempo. Antes do inverno, sempre correm os boatos de que ‘esse ano vai ser muito frio, vai nevar demais’ ou no verão: ‘ esse vai ser muito quente’. Essas ‘previsões’ se parecem com as matérias de fim-de-ano no Brasil, quando pais de santo , astrólogos e tarólogos fazem suas apostas para o ano novo. Lá para o dia 3 de janeiro ninguém nem se lembra mais o que foi mesmo que eles disseram. Como aqui é a terra das tradições, os meteorologistas estão anunciando uma semana de termômetros vermelhos a partir de segunda-feira. Os ingleses correm para comprar filtro solar e chapéus. Dois itens de primeira necessidade, que estão expostos bem na cara do consumidor na entrada das lojas.

 

Com a promessa de dias mais ensolarados, aí vai um post Da Gaveta*, de quando eu ainda tentava ensinar a língua de Camões na terra de Shakespeare.

 

 

TOLERÂNCIA ZERO

 

 

Inglês adora uma estatística. Então aí vai mais uma: ontem foi o dia mais quente, desde que começaram a ligar para essas coisas. Eu, é claro, tinha que estar no pior lugar possível para se enfrentar as altas temperaturas em plenas férias escolares: Oxford Street. Não foi por ignorância ou masoquismo, mas porque tinha que comprar um livro de português para um aluno. Sempre achei que fosse intolerância e rabugice reclamar dos turistas no verão, mas acabo de me juntar ao time dos intolerantes. Aquilo é um inferno.

 

Cinco da tarde, sensação térmica: trinta e sete graus. A massa humana se espremia na calçada numa densidade comparável a saída de um megashow num estádio de futebol. Embora a comparação não faça justiça aos megashows. Pelo menos lá todo mundo anda numa só direção. Aderindo à chatice local, eu diria que turista não sabe nada, empaca mais que curva de rio, não sabe onde achar Oxford St. no guia, para para olhar o mapa, para para ver vitrine e principalmente anda muito, muuuiiito devagar  (jamais em linha reta).

 

 Numa velocidade digna de São Paulo nos piores dias de chuva e na hora do rush,  consegui driblar os turistas, até chegar a estação de Oxford Circus. Uma cruzada de dois quarteirões, que durou quase quinze minutos. Quando ia chegando na estação, senti  vertigem ao ver a multidão se acotovelando ao redor das escadas de acesso ao “tube”. As quatro entradas da Oxford Circus formam um círculo nas quatro esquinas dos cruzamentos entre Oxford e Regent St. . Onde a Regent se encontra com a Oxford , o coração brasileiro bate mais audível: lá está sem dúvida a maior concentração de brasileiros, legais e ilegais, distribuindo folhetos de restaurantes e escolas de inglês. Eles são facilmente reconhecíveis pelas camisetas da seleção, pelo português que falam e claro porque tem sempre um brasileiro jogando conversa pra cima de uma brasileira sorridente, tornando menos desinteressante a tarefa monótona de distribuir propaganda.

 

Ontem a paquera brasileira sumiu no meio da confusão. Eu precisava pegar o metrô e por isso fui ver de perto o que estava acontecendo, embora já suspeitasse. Devido às altas temperaturas, muitos trens têm sido cancelados. O calor atípico por essas bandas faz os trilhos se dilatarem muito e os riscos de acidentes aumentam. Daí eles são obrigados a andar em baixíssima velocidade, como os turistas da Oxford St.

 


Consegui a duríssimas penas chegar ao gargalo da confusão. As portas da estação estavam fechadas e era impossível se conseguir uma informação confiável, até porque não tinha sequer um funcionário do metro para informar os passageiros. Numa ânsia de me ver livre daquilo o mais rápido possível, fui vencendo a tsumani humana e consegui atravessar a rua. Empaquei novamente, com um casalzinho de turistas japoneses na minha frente.




Senti uma batidinha na perna, olhei pra trás e vi um senhor inglês saído de um romance rural. Cachimbo na boca, colete de camurça, cabeça branca e uma bengala nervosa. Ele percebeu minha impaciência e se juntou ao meu exército-de-um-soldado-só. Olhou para mim, inflou o peito e disse no tom mais marcial que já ouvi na vida: ‘follow me girl!’ Caí de amores por aquele homem que nunca tinha visto antes.  Senti-me como um soldado raso, que enfim encontra seu general. E lá fomos nós, ele varrendo o povo com sua bengala e eu na cola dele. Alguns metros adiante, a multidão se dispersou me despedi de meu general com um sorrisinho agradecido e cúmplice, que ele ignorou. Nada de sentimentalidades, please. A nuvem de encantamento havia se dissipado e eu atinei que não tinha a menor ideia de como chegar à casa do meu aluno.

 

Os ônibus vermelhos com seus famosos dois andares também pareciam se arrastar, vomitando passageiros pelas janelas e portas. Tentei perguntar para um motorista de um ônibus estacionado se ele sabia como chegar em Earls Court. Nada. Vi os mapas pregados nos pontos de ônibus nos dois lados da Regent St. e nenhum ia para onde eu queria. Voltei para a Oxford St  tão perdida quanto os turistas, sem saber como fazer para sair dali. Era um roteiro de filme da sessão da tarde em que os atores nunca conseguem deixar a cidade destino e as coisas vão se complicando.



 Entrei num ônibus que ia na direção que eu queria. Assei lá dentro, com a incomoda sensação de que o ônibus não estava se movendo, ou melhor, ia a cinco por hora, parando a cada trezentos metros, até que o ônibus parou no sinal vermelho e vi uma estação aberta. Desci o mais rápido que pude, entrei na estação, passei pelas catracas em alta velocidade (como fazem os londrinos), tomei a faixa de trânsito rápido na escada rolante ( a faixa dos impacientes, que descem que nem uns desorientados escada abaixo, sabendo muito bem onde querem chegar). Perdi o trem por uma fração de segundo, só vi as portas se fecharem, bem na minha cara.
 
 



 
 

Três minutos depois veio outro. Estava com sorte. Eram só duas estações até Earls Court. Não quis me assentar. Nessa altura do campeonato, minha testa pingava suor e a saia colava nas minhas pernas. As cadeiras do trem, revestidas de uma lã sintética, não me pareciam muito convidativas. Fiquei de pé. O trem parou na primeira estação e os poucos lugares vagos foram ocupados. Fiquei perto da porta, para sair rapidinho na próxima estação. Devia ter lido o horóscopo antes de sair de casa: o meu dia não estava para pressas e impaciências…
 

 Desta vez foi o trem que empacou. O túnel parecia mais escuro do que de costume e com certeza muito mais quente do que de costume. Um trem barulhento e rápido passou por nós num trilho distante e deixou uma marola de ar fresco, que entrou pelas frestas da porta. Foi então que o maquinista avisou: “desculpem pelo atraso, houve um problema de sinalização em Putney e não sabemos quando vamos poder sair daqui…” Comecei a fantasiar: as portas se abriam e todos os passageiros saiam correndo e gritando pelos trilhos afora. Não sei se esse era o desejo geral da nação-encarcerada-naquela-lata- de- sardinhas- humanas, mas com certeza era o meu mais íntimo desejo naquele momento. Tomei o restinho de água que havia na minha garrafinha, fiz como as inglesas:  joguei a minha bolsa no chão.


Arrependida até o ultimo fio de cabelo por ter desprezado um assento, encostei-me a um canto para estudar melhor os passageiros. Ninguém reclamava. Ninguém fazia biquinho ou demonstrava qualquer tipo de insatisfação do tipo olhar as horas a cada cinco segundos. Ninguém, a não ser eu, estava reparando nos outros. Todos mantinham aquele olhar  vazio, de neutralidade, mirando o  invisível , de um jeito que  ainda não aprendi a fazer. Foram vinte minutos de martírio até o trem se mover novamente, bem devagar.

 

Duas horas mais tarde, depois de muitos: “ o copo está NA mesa” e “eu morO, ele morA”. Encerrei minha aula. Eram oito e meia da noite, o céu estava claro e o calor tinha dado uma folga. Passei por um pub, vi gravatas descansando nas mesas, entre copos e mais copos de cervejas. Pensei em tomar um gole, mas eu queria mesmo era tomar um banho. Peguei o trem de volta para casa. Desta vez, sem pressa e sem intercorrências. Cheguei em casa e fui molhar as plantas, completamente exaustas de tanto calor.  Tomei um banho de mangueira, sob o olhar incrédulo e desconfiado de uma gata que frequenta  meu quintal e come da minha comida. Dei um tempo antes de entrar em casa.


Ali, assentada no banco do quintal, dei graças a Deus porque o verão chegou finalmente.

 
(julho 2004)

* Da Gaveta:Toda redação de TV tem o que o jargão jornalístico chama de ‘matéria de gaveta’. Reportagens, digamos nem tão factuais assim, que o editor-chefe ama em dias fracos de notícias. O Da Ilha também tem suas histórias Da Gaveta. São impressões de quando eu ainda era novata na terra da Rainha.
 

 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Maternidade no Congelador

 

  

Toda manhã aqui nesta ilha, duas em cada três mulheres (entre 20 e 24 anos)  mandam a pílula goela abaixo, sem nem pensar muito no assunto. De fato, 70% das mulheres no Reino Unido já tomaram o anticoncepcional em algum ponto de suas vidas. É fácil conseguir o medicamento em qualquer farmácia. Basta a receita médica. Um ato tão corriqueiro que a gente se esquece de que já foi diferente.
  
 
 
Gregory Pincus
 

O ‘pai’ da pílula é um biólogo americano chamado Gregory Pincus. Mas o ‘nascimento’ da droga bem que poderia ser creditado ao encontro do cientista com duas mulheres poderosas e determinadas na metade do século vinte.



Margaret Sanger

  


A mãe de Margaret Sanger morreu aos 50 anos, depois de ficar grávida 18 vezes. Diz a história que Margaret teria acusado seu pai, ao lado do caixão, de ter provocado a morte da mãe, por ela ter tido tantos filhos. Margaret estudou enfermagem e sonhava com uma pílula mágica para prevenir gravidez indesejada. Assim como Pincus, Margaret era uma pioneira. Ela foi responsável pelo termo controle de natalidade, em 1914. Em 1916, abriu a primeira clínica de planejamento familiar nos Estados Unidos e foi presa por distribuir material com informações sobre métodos contraceptivos.

 
 
 
Katherine McCormick
 
 

Katherine McCormick era outra pioneira. Foi a segunda mulher a se formar no MIT (Massachussetts Institute of Technology), uma das melhores universidades do mundo. Ela se casou com um milionário, que acabou ficando doido e coube a ela administrar o império do marido. McCormick era uma feminista cheia da nota e interessada em planejamento familiar.
 

A ideia de se produzir um anticoncepcional era muito mal vista nos Estados Unidos da era McCarthy (1950/1956). Querer controlar o número de nascimentos era coisa dos vermelhos, os comunistas. A indústria farmacêutica era reticente em investir nas pesquisas, pois considerava um tiro no escuro, que poderia ser potencialmente perigoso. As universidades também não queriam arriscar suas reputações em uma pesquisa cercada de controvérsias.
 

Margaret Sanger foi a ponte entre Pincus (ciência) e McCormick (dinheiro). A milionária teria doado mais de 12 milhões de dólares para financiar as pesquisas do anticoncepcional. A nova droga foi testada primeiro em mulheres de Porto Rico e do Haiti.

 
 

 
70% das mulheres no Reino Unido já tomaram

 

 

 A pílula chegou a esta ilha em 1961. Inicialmente era prescrita somente para as mulheres casadas e que já tinham filhos. O governo não queria incentivar ‘o amor livre e a promiscuidade’. Até 1974, as solteiras tinham que fingir que eram casadas para conseguir o contraceptivo. 
 

A primeira geração do medicamento tinha em média quase o dobro de estrogênio e dez vezes mais progesterona do que as disponíveis no mercado atualmente. Muitas mulheres reclamavam de ganho de peso, dores de cabeça e enjoo. Descobriu-se mais tarde, que as primeiras versões do anticoncepcional aumentavam o risco de câncer e trombose. Mesmo com todos os desacertos, Valerie Beral (uma professora de Oxford e estudiosa da pílula) acredita que o contraceptivo ‘foi para a saúde da mulher, a coisa mais importante da segunda metade do século vinte’. Entretanto, quando foi introduzida no mercado, a pílula não enfrentou somente  resistências morais e religiosas. Alguns profissionais da área de saúde questionavam se era ético medicar mulheres saudáveis.


Empresas oferecem ajuda para congelar os óvulos
 
  
 
Apple e Facebook anunciaram recentemente que vão subsidiar os custos do congelamento de óvulos de suas funcionárias, que quiserem adiar a maternidade. Nas duas empresas, cerca de 70% dos funcionários são homens. Com o ‘agrado’, elas esperam atrair mais mulheres para seus quadros.
 
 Congelamento de óvulos não é nenhuma novidade. Inicialmente o tratamento era oferecido a pacientes de câncer, que corriam o risco de infertilidade por causa da quimioterapia. Contudo, a prática vem crescendo nesta ilha. Só no ano passado houve um aumento de 400% no número de mulheres que congelaram os ovos, uma espécie de caderneta de poupança da fertilidade humana. Como no caso da pílula, profissionais da área de saúde e líderes religiosos questionam se é ético submeter mulheres saudáveis e provavelmente férteis a tratamentos de saúde, que podem fazer com que essas pacientes acabem de fato doentes.

‘É como ter TPM todos os dias da sua vida’. Assim uma amiga próxima descreveu o tratamento para que seu corpo produzisse mais óvulos, na esperança de que eles fossem fertilizados e produzissem o filho, que ela tanto desejava. As mulheres, ao contrário de outros mamíferos, não produzem muitos ovos todo mês. O sucesso da fertilização em vitro depende de uma série de fatores: em primeiro lugar, a idade da mulher. Também conta se ela fuma, bebe. Se é obesa ou muito abaixo do peso. Mas em geral, o índice de sucesso de cada óvulo é de cerca de 6%. Por isso, são necessários entre vinte e trinta ovos para que a mulher tenha alguma chance de engravidar. Para que a ‘colheita’ de ovos valha a pena, a candidata se submete a um tratamento que estimula o corpo a produzi-los em maior escala. Como em qualquer outra intervenção médica, tem seus riscos para a saúde.
 
 
Pesquisando para este post, acabei encontrando um debate muito interessante na TV Al Jazeera. De um lado, a católica Josephine Quintavalle, diretora da Corethics - uma entidade que questiona os dilemas éticos da reprodução humana. Do outro, Dominic Stoop, um ginecologista, diretor do centro de medicina reprodutiva de uma universidade em Bruxelas. Ambos tinham argumentos fortes sobre o assunto. 


Para Josephine, a discussão está no lugar errado. Segundo ela, a sociedade devia questionar mais as condições de trabalho da mulher; elas deveriam ter a oportunidade real de desenvolver uma carreira ao mesmo tempo em que ‘produzem’ uma família. Depois dos 35 anos de idade, a fertilidade feminina despenca. Ao invés de tentar comprar mais tempo, segundo ela, o debate deveria estar focado não em adaptar a biologia à sociedade e sim o contrário. Ponto para Josephine. Mas, na prática, o quão realistas são suas aspirações? 


O ginecologista encara o assunto como medicina preventiva. Ele revelou que 80% das mulheres que procuram sua clínica na Bélgica são solteiras. Dr Stoop acredita que as mulheres não estejam adiando a maternidade apenas para cuidar de suas carreiras profissionais. Para ele, o principal motivo alegado por suas pacientes é de que elas ainda não encontraram o homem ideal. Aí é que a discussão começa a ficar mais interessante.
 


Os óvulos podem passar até 10 anos no nitrogênio líquido
 



Apesar de todas as restrições ao uso da pílula na década de 60 neste lado do planeta, o número de usuárias subiu de 50 mil para um milhão entre 1962 e 1969. Hoje mais de 3.5 milhões de mulheres fazem uso do medicamento nesta ilha – 100 milhões ao redor do mundo. Ou seja, havia e ainda há uma demanda enorme pelo produto. Cinquenta e poucos anos após a invenção do anticoncepcional, a pílula é frequentemente acusada de promover promiscuidade, aumentar o número de doenças sexualmente transmissíveis (despreocupados com uma gravidez indesejada, os casais se importam menos em prevenir as DST), além de destruir famílias e casamentos.


Talvez o maior legado da pílula tenha sido a independência feminina. É claro que existiam outros métodos anticoncepcionais, mas não eram tão confiáveis e dependiam da boa vontade masculina. Sexo antes do casamento era um risco absurdo para a mulher. Até a invenção do contraceptivo oral, os casais se casavam mais cedo. As mulheres engravidavam logo, tornando quase impossível um investimento na carreira profissional. E se é para ficar em casa cuidando de criança, para que estudar?  Esse cenário mudou e todo mundo sabe disso.
 


A mulher que estuda mais e investe na carreira é mais seletiva. Ela quer um parceiro que, sem trocadilhos, seja páreo para ela. Esta é uma das possíveis explicações para o fato de que as mulheres estejam achando mais difícil encontrar o homem ideal. E se esse ‘encontro’ estiver mais difícil porque os homens estão menos disponíveis?  Na década de 50 no Reino Unido, apenas um em cada cem adultos dividia a mesma casa com outro adulto sem ser casado. Hoje em dia este número caiu para um em cada seis. A bola está com as mulheres. Justo ou não, existe a noção de que se ela engravidou, foi porque não se cuidou. Os homens já não se sentem obrigados a casar para ‘corrigir um malfeito’. Também não precisam se casar para se relacionar sexualmente com as namoradas.
 


Outro dia li a história de uma alemã de 65 anos grávida de quadrigêmeos, graças a um tratamento. Este tipo de notícia cria a falsa impressão de que a tecnologia controla a biologia. Para os casais que tiveram filho, ajudados por técnicas de reprodução em vitro, a afirmativa acima é a mais pura verdade. Mas tem limite.
 


A caderneta de poupança da fertilidade é um investimento de altíssimo risco. Um risco que o Dr Robert Winston, especialista em fertilidade, desaconselha. Para ele, ainda não está claro o índice de sucesso do congelamento (os óvulos podem passar até 10 anos no nitrogênio líquido). Além do mais existe uma chance muito alta de abortos e ainda não é possível prever se os bebês vão desenvolver doenças, que ainda não conhecemos. Nada é garantido.
 


A mulher, que procura uma clínica para congelar os óvulos, quer ter mais controle sobre seu corpo. Se é certo ou errado essa é uma questão muito íntima. O que não pode acontecer de jeito nenhum é a mulher se sentir obrigada por seu empregador a tomar essa decisão. Ela deve ser informada sobre riscos e chances de sucesso.

 

Hoje de manhã li a notícia de que cientistas japoneses conseguiram que um peixe fêmea produzisse espermatozoides. Sei lá se é a última pegadinha da internet. Se não for, a discussão no futuro pode ser bem diferente.